A Educação é a raiz de muitos problemas no Brasil. A boa notícia é que a tecnologia pode ser uma grande aliada para revolucionar esse cenário. Para isso, no entanto, precisamos de coragem para fazer mudanças estruturais em nosso modelo de ensino. É importante esquecer a tradicional relação entre alunos e professores e usar o importante espaço da sala de aula para algo mais colaborativo e interativo, onde o educador assuma um novo papel: o de guiar e mediar o aprendizado dos estudantes.
Nesse contexto, as Edtechs (acrônimo das palavras Education e Technology) começaram a aflorar no território brasileiro. São empresas que apostam em aplicativos, simuladores 3D, plataformas online, entre outras ferramentas, para mudar a forma de aprender e também para atender os anseios dos nativos digitais. O país conta com 364 startups do tipo, segundo estudo da Associação Brasileira de Startups em parceria com o Centro de Inovação para Educação Brasileira (CIEB).
As EdTechs desempenham papel essencial para promover um salto de qualidade nesse cenário, atacando justamente o cerne da questão, que são as metodologias de ensino. Essa mudança ainda ocorre de forma tímida no Brasil, mas veio para ficar.
Cada vez mais, podemos combinar metodologias ativas de ensino com ferramentas tecnológicas que permitem trazer a educação para o tempo presente. Trazer o aluno como protagonista da aula, ao invés do professor, medir o seu resultado e trabalhar na sua individualidade é o que faz com o que ele desperte interesse pela matéria, e consequentemente, obtenha resultados cada vez melhores.
A combinação de diversas soluções deste tipo proporcionando, certamente, que a Educação em nosso país evolua e atinja novos patamares de qualidade, facilitando a vida dos alunos nas escolas e fora delas também. Disso depende nosso futuro como nação.
Porém, para atingir esses objetivos, precisamos enfrentar o mindset mais tradicional que ainda impera em certas instituições de ensino. Enquanto a Finlândia, referência mundial em Educação, ousou proibir (na forma de lei!) a sala de aula tradicional, no Brasil este formato é quase uma cláusula pétrea. Se estamos fazendo a mesma coisa, da mesma maneira, ano após ano, como esperamos resultados diferentes? A tecnologia pode ser uma das principais ferramentas para a revolução no ensino, mas para isso precisamos realmente mudar. Vamos em frente!
por Fabio Ivatiuk, CEO na Beetools, rede de escolas de inglês que otimiza o aprendizado do aluno por meio de professores, realidade virtual, inteligência artificial e Big Data