Passando metade do ano de 2019 a crise econômica continua atingindo o Brasil severamente e cada vez mais pessoas veem um cenário com poucas chances de melhora a curto prazo. De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o número de famílias endividadas aumentou pelo 6º mês consecutivo, chegando a 64% em Junho.
Ricardo Maila, fundador da Plano Consultoria Financeira, explica que finanças pessoais não devem ser encaradas como um tabu, é preciso falar sobre isso e reconhecer as dificuldades. Compreendendo a situação atual do país, é simples entender quais os fatores colocaram os brasileiros nessa situação delicada. “Hábitos de longa data da população fazem com que seja mais difícil estar em dia com as contas. Compras parceladas, dívidas com cartões de crédito e cheque especial e falta de organização financeira são os principais. Embora seja difícil, é importante ter uma reserva para períodos de crise ou para uma emergência”, explica o CEO.
Ainda é possível cumprir as promessas de fim de ano e se estabelecer, basta começar. Muitas vezes, postergar atividades como olhar o saldo bancário é uma forma de negar o que está acontecendo. Por isso, o processo para se organizar financeiramente requer encarar e entender a própria realidade.
Para gerar equilíbrio, é essencial saber em que pé estão as dívidas e quais são as melhores maneiras de resolver essa questão. Ricardo indica analisar as contas com cuidado e procurar opções de dívidas mais baratas: empréstimos de conhecidos, consignados ou com bens de garantia possuem juros mais baixos, que são bons caminhos para sair do buraco.
Se ainda assim não conseguir acabar com os déficits, pode ser que tenha que fazer uma revisão das despesas fixas que são desnecessárias e também os consumos variáveis. “Esse segundo é importante como uma meta familiar, pois às vezes as pessoas esquecem que estão em uma situação delicada e acabam gastando com coisas que estão fora do orçamento”, destaca.
“Assim como uma dieta para perda de peso, executar o primeiro passo é mais simples do que manter a disciplina e costumes saudáveis”, brinca Ricardo. Quanto antes o processo começar, mais rápido as dívidas vão acabar. No entanto, seguir administrando as contas precisa se tornar um hábito.