Com um novo ano se aproximando, a revisão de hábitos e definição de novos objetivos vêm junto. Tradição da virada do ano, dinheiro sempre está entre os desejos mais populares – e um dos que mais são postergados para o ano seguinte. A verdade é que você pode começar com o pé direito nessa meta com um passo muito simples: planejamento financeiro.
Amerson Magalhães, diretor de operações da Easynvest, defende que um bom planejamento financeiro ajuda a entender para onde está indo o dinheiro e como ele está sendo gasto, revelando o que pode ser mudado para que a pessoa consiga atingir seus objetivos. “Colocar no papel quais são os objetivos de vida e o que deve ser feito para atingi-los é um dos principais passos do planejamento financeiro. É isso que irá definir quais são os melhores caminhos e, até mesmo, os melhores investimentos”, completa o executivo.
Para riscar o famoso “gastar menos e juntar dinheiro” da sua lista de resoluções 2020, confira abaixo cinco passos para ter uma vida financeira em ordem.
Entenda para onde está indo seu dinheiro
A primeira coisa a ser feita é a análise das despesas mensais, começando pelo mês anterior. Nesse momento, devem ser diferenciados os gastos fixos, como aluguel e contas de água; dos gastos variáveis, como lazer e consumo.
A partir dessa análise, o segundo momento é pensar no mês seguinte: quero gastar a mesma quantia? Onde eu posso economizar? O planejamento é um controle do que aconteceu no último período e o que a pessoa quer para o futuro.
O terceiro momento é traçar metas: quais gastos posso diminuir ou cortar para que sobre um pouquinho de dinheiro no final do mês.
Descubra seu objetivo financeiro
Quais são seus sonhos? Onde quer chegar?
Com essas perguntas, anote seus principais objetivos de vida, como estudar fora do País, comprar um carro, casar ou reformar a casa e um prazo factível em que você gostaria de realizá-lo. Essas informações ajudarão a esclarecer quanto dinheiro e por quanto tempo você irá precisar guardar, além de apontar quais investimentos são os mais adequados para te ajudar nessa empreitada.
Determine seu perfil de investidor
A gente sabe que a poupança não rende nada, né? Então, enquanto você está juntando seu dinheiro, ele precisará ficar guardado em algum lugar que não te faça perder em rendimento.
O perfil de investidor revela o modo como a pessoa está disposta a investir seu dinheiro, identificando o nível de tolerância aos diferentes níveis de risco e expectativas de rendimento. Essa definição será importante nas escolhas das aplicações mais compatíveis com os objetivos a longo prazo.
Os tipos de perfis são: conservador, aquele que prefere correr menos risco nas aplicações; moderado, aquele que já tem uma mentalidade flexível e até pensa em se arriscar um pouco; e arrojado, aquele que têm apetite ao risco. Para descobrir o seu perfil, corretoras, como a Easynvest, disponibilizam um questionário logo no momento do cadastro.
Faça sua reserva de emergência
Independentemente do perfil, todo investidor deve ter sua reserva de emergência. Ela é fundamental em casos de instabilidade financeira, que servirá como colchão, ou para aqueles que investem em ativos com risco maior, garantindo segurança. Para montá-la, especialistas apontam que o valor ideal é equivalente a seis meses dos gastos fixos mensais, se você estiver em um emprego com salário fixo, ou doze meses, se você for autônomo ou profissional liberal.
Como a poupança não é uma opção devido ao baixo rendimento, é importante escolher um investimento tão seguro quanto, com liquidez diária e resgate imediato. Bom exemplo – e escolha comum – é o Tesouro Selic. Ele está vinculado à taxa básica de juros e, portanto, rende mais que a poupança; e sua quantia aumenta um pouquinho todo dia, diferente da poupança, que só aumenta uma vez por mês e, se você precisar sacar antes de completar os próximos 30 dias, você perde o lucro desde o último rendimento.
Diversifique sua carteira
Último, mas não menos importante, a diversificação também deve estar presente para qualquer perfil de investidor. Esse é um passo que exige um pouco mais de maturidade e, provavelmente, virá com algum tempo após você formar sua reserva de emergência. A diversificação das suas aplicações financeiras garante maior potencial de rentabilidade, pois seus investimentos acompanharão movimentações de diferentes mercados; e traz mais tranquilidade e segurança, por pulverizar o dinheiro em diferentes ativos – desta forma, você não fica exposto à oscilação de um único papel.