Com tanta tecnologia e inovação, é difícil imaginar um futuro em que as máquinas não ocupem, em definitivo, o lugar de boa parte dos trabalhadores nas funções atuais. E isso pode, e deve, ocorrer em todos os setores.
Estudos indicam que 65% das crianças que estão estudando no primário hoje, trabalharão em funções que ainda não existem. O que isso quer dizer? Que é preciso aprender a aprender e não apenas aprender o que é preciso para ser um profissional hoje. Mesmo com tanta tecnologia, vale lembrar que o ser humano continuará sendo essencial para que qualquer função tecnológica seja bem desenvolvida.
Alexandre Slivnik, diretor executivo do Institute for Business Excellence (IBEX), em Orlando, e da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), explica que a tecnologia será realmente um dos fatores de mudança nos próximos anos, mas não pode ser encarado como algo prejudicial ao trabalho das pessoas. “Os profissionais antenados terão uma grande vantagem competitiva quando se pensa em inovação e criatividade para o novo mercado de trabalho”, revela.
Para Slivnik, o profissional do futuro é aquele que deve aprender a acessar e analisar informações, e por isso saber pesquisar é essencial. “O profissional do futuro é aquele que será inovador, criativo, vai saber lidar com as pessoas e principalmente saber estudar e pesquisar novos conceitos”, afirma o especialista.
É possível perceber nos dias de hoje as evoluções dentro e fora do ambiente corporativo. Enquanto antes a dica era “manda quem pode e obedece quem tem juízo”, atualmente o recomendado é fazer justamente o contrário: questionar. Para os colaboradores é fundamental entender o que está por trás da função, não apenas para compreender o próprio trabalho, mas também para que reconheça a importância dele.
Alexandre oferece algumas dicas para seguir crescendo profissionalmente nos próximos anos. A primeira delas é saber se relacionar com as pessoas, pois sem esse fator não há trabalho relevante ou inovador. A segunda dica, já mencionada, é saber pesquisar e analisar informações. Por último recomenda os questionamentos, por ser o movimento que gera a inovação, aprendizado e evolução. “É essencial lembrar-se que pessoas trabalham com a ajuda da tecnologia, a tecnologia não faz nenhum trabalho sozinha”, finaliza.