O Alentejo, maior região de Portugal, é conhecido por seus deliciosos vinhos, que agradam os mais exigentes enófilos de todo o mundo. Entre os charmosos vilarejos de casas pintadas de branco e estreitas ruas de pedra, um litoral de tirar o fôlego e diversos patrimônios históricos, as vinícolas se espalham pelo território alentejano, embelezando suas paisagens bucólicas e produzindo 106 milhões de litros da bebida anualmente em cerca de 23 mil hectares.
Mas você sabe o que leva os vinhos do Alentejo a terem tanto prestígio entre os amantes dessa bebida? Nós explicamos.
As castas
Das 250 espécies de autóctones de Portugal, o Alentejo conta com dez de grande importância – cinco tintas e cinco brancas. Cada uma delas garante características especiais aos vinhos, seja em rótulos com uma única casta ou um blend de várias delas. Em geral, cores ricas, acidez e taninos firmes marcam os tintos, enquanto os brancos costumam ser extremamente aromáticos. As castas mais famosas da região são a Alicante Bouschet (tinta) e Antão Vaz (branca).
O clima
Com mais de 3 mil horas de sol anuais, o Alentejo tem condições climáticas perfeitas para a vitivinicultura: grande amplitude térmica no verão e frio seco no inverno. O aumento da umidade coincide com os meses de colheita, o que permite que as uvas amadureçam nas melhores circunstâncias possíveis.
A tradição
A região vem produzindo vinhos há centenas de anos. Por mais que os processos se modernizem, existe uma tradição vitivinícola intrínseca entre os alentejanos, além de conhecimentos que foram desenvolvidos ao longo de diversas gerações. Até mesmo algumas das vinhas existentes no território são centenárias, e não é preciso dizer que estas geram vinhos mais que especiais.
A variedade
Não há um só jeito de se produzir um bom vinho e os produtores do Alentejo são prova disso. A cada propriedade visitada, é possível ver algo diferente nos processos. Algumas investem em plantações orgânicas e métodos tradicionais, como colheita manual e pisa da uva; outras são modernas, com equipamentos de última geração trabalhando em cada etapa; há propriedades grandes e pequenas, vinhas com uma casta de uva exclusiva e outras que misturam diversos tipos na mesma área; é possível encontrar até mesmo locais que ainda produzem vinho de talha, cuja etapa de fermentação acontece em recipientes de barro, as talhas, como era feito na época do Império Romano. Tais variações resultam em bebidas completamente distintas, mas sempre de altíssima qualidade.