Novembro é um mês importante para o comércio mundial devido à tradicional Black Friday, uma campanha global com redução de preços em produtos e serviços com a finalidade de aquecer as compras para o período natalino. Neste ano, a data está marcada para esta Sexta-feira, dia 27, mas muitas empresas já estão ofertando descontos especiais, enquanto outras tendem a esticar a promoção até o final de semana.
Sites de compra na internet também já ofertam opções com baixos preços. Por se tratar de um movimento mundial, a Black Friday torna-se uma oportunidade para comprar a preço baixo em sites internacionais. No entanto, antes de sair gastando aleatoriamente tudo o que economizou no ano, é preciso tomar alguns cuidados que vão além de ficar de olho na cotação do dólar.
1. Atenção com a segurança
Em um ano marcado por uma pandemia que deixou a crise econômica ainda mais evidente no Brasil, perder dinheiro não é uma opção aceitável. Para evitar esse desgaste no fim de um ano especialmente difícil, é importante comprar apenas em empresas confiáveis, que já tenham credibilidade no mercado.
Ao se deparar com um produto com bom preço em um site pouco ou nada conhecido, o consumidor precisa conter a ansiedade e pesquisar mais sobre aquele e-commerce. Um jeito de fazer isso é checar se o site possui endereço físico, telefone para contato e canais de Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC).
Essas informações básicas são a garantia de que se o produto vier com defeito, não servir ou qualquer outro problema de pós-venda, o cidadão tem onde buscar ajuda.
Perguntar para parentes e amigos, pedir indicações nas redes sociais e pesquisar em sites de reclamação também são boas maneiras de descobrir o grau de confiabilidade de um site – seja ele nacional ou internacional.
2. Não fornecer senhas
Se ao fazer um pedido em determinado site for solicitada a senha do cartão de débito ou crédito é bom ligar o alerta. Sites de compra confiáveis não pedem senhas. O ideal é parar o preenchimento de dados, não finalizar o pedido e sair da página o quanto antes.
Outro ponto fundamental: antes de entrar em um site de compra de qualquer nacionalidade, importante checar se o antivírus da máquina está atualizado para evitar que dados pessoais sejam usurpados por criminosos.
Recomenda-se também não realizar compras on-line em computadores públicos como os do trabalho. Isso porque, por serem utilizadas por muitas pessoas diferentes, essas máquinas tendem a conter vírus, podendo causar dor de cabeça desnecessária.
3. Desconfiar de promoções imperdíveis
O ideal é fazer o acompanhamento do preço do produto desejado ao longo do ano para saber se a promoção é mesmo vantajosa. Há sites e aplicativos especializados em fazer o comparativo de preços que podem ser de grande valia.
Se o valor do produto estiver muito abaixo daquele praticado pelo mercado é bom ficar atento. Normalmente esse tipo de situação esconde armadilhas, sendo a pirataria a mais comum. Um produto de qualidade, com nota fiscal e dentro da legalidade dificilmente será vendido barato demais nessa época do ano.
Outro ponto que exige atenção são as falsas promoções. É muito comum durante a Black Friday que algumas empresas usem de má-fé e publiquem preços ditos promocionais que, na verdade, são os mesmos que vêm sendo praticados há meses.
4. Utilizar o conversor de moedas
Sites internacionais são sempre tentadores à primeira vista, oferecendo preços bem mais baixos do que os nacionais. Porém, é bom ficar atento e fazer sempre a cotação da moeda em questão para avaliar se a compra é mesmo vantajosa.
Verificar as opções de pagamento também é recomendado. Alguns sites exigem cartões internacionais, outros aceitam a emissão de boletos para pagamento em reais.
Até 2019, a cotação do dólar para esse tipo de compra era feita no fechamento da fatura, o que deixava o consumidor em uma situação desconfortável. Neste ano, o Banco Central divulgou mudanças para as compras feitas por meio de cartões internacionais, de forma que os bancos são obrigados a fazer a conversão no dia da compra e a informar ao consumidor o valor em reais antes do fechamento da fatura.
5. Considerar o IOF
Um detalhe que pode passar despercebido pelo consumidor que realiza uma compra on-line em estabelecimentos estrangeiros é o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Trata-se de uma tarifa federal que é aplicada em qualquer operação financeira a fim de controlar a oferta e a demanda de crédito no Brasil.
O valor do IOF sobre operações internacionais varia com o tipo de transação realizada e tem influência direta no total da compra feita em moeda estrangeira.
Para pagamentos realizados por cartão de crédito, por exemplo, o IOF cobrado é de 6,38% do valor total da compra. Esse percentual precisa ser considerado na hora de fechar o negócio para evitar surpresas desagradáveis.
6. Checar prazos de entrega
Se a ideia é aproveitar a Black Friday para comprar os presentes de Natal por um preço mais em conta, é importante checar os prazos. Alguns sites podem levar até dois meses para entregar o pedido.
Outro ponto a se considerar é que a pandemia de Covid-19 afetou a locomoção em todos os países, ao mesmo tempo em que aumentou a demanda por compras on-line, o que pode impactar nos prazos de entrega.