Atualmente, temos muitos investidores que aplicam seu dinheiro somente na poupança, porém é importante que eles saibam que existem outras opções de renda fixa, como o Tesouro Direto, CDB, LCI, LCA, CRI, CRA e Debêntures. Há três separações para esses títulos: pré e pós fixados, além do indexado à inflação.
Apesar de todas as siglas terem particularidades e especificidades, todos têm uma característica em comum: ao comprar algum desses títulos, o comprador emprestará seu dinheiro para o emissor, para receber no futuro o valor investido no qual será acrescentado os juros.
Vale ressaltar que os emissores variam entre os tipos de investimentos na renda fixa, que podem ter ou não o FGC, chamado de Fundo Garantidor de Crédito, que serve para proteger o capital. Abaixo, identifico cada um deles:
- Tesouro Direto: o emissor é o Governo, sem o FGC;
- CDB, LCI e LCA: os bancos são os emissores e contam com o FGC. O LCI e LCA são isentas de Imposto de Renda;
- CRI, CRA e Debêntures: têm como emissor as empresas privadas, não possuem o Fundo Garantidor de Crédito e são isentas de IR.
As isenções do Imposto de Renda são válidas apenas para pessoas físicas.
Além disso, é importante salientar que as opções de investimentos em renda fixa estimulam o desenvolvimento em diferentes segmentos, são eles:
- Os títulos LCI e CRI, fomentam a indústria imobiliária;
- Os títulos LCA e CRA, fomentam a indústria do agronegócio;
- As Debêntures fomentam o setor de infraestrutura, como saneamento básico, rodovias, entre outros.
Rentabilidade no curto, médio e longo prazo
Antes de investir é essencial definir as estratégias referente as aplicações, pois cada tipo de investimento tem um objetivo. No caso de compor uma reserva de emergência, deve-se priorizar a liquidez e segurança, preferencialmente buscar por um ativo pós-fixado com liquidez diária.
Já se o objetivo é uma rentabilidade a longo prazo, é preciso priorizar a qualidade do emissor e a taxa. Agora, se falarmos de 10, 20 ou 30 anos na espera do retorno do dinheiro aplicado, é possível buscar algo atrelado a inflação e a taxa de juros inclusa.
Poupança
Ainda há uma preferência muito grande pela poupança, no caso da renda fixa, pois ela traz a sensação de segurança, principalmente para os investidores que não possuem conhecimento suficiente referente ao mercado financeiro.
Porém, existem outras opções de investimentos tão ou mais seguros que a poupança, com a mesma liquidez, mas com um retorno maior. A rentabilidade da poupança é menor que a taxa básica de juros, a SELIC, ela é responsável por nortear todos os investimentos em renda fixa, além de ser a taxa mais importante do mercado brasileiro.
Outro fator que vale frisar para repensar no investimento na poupança é que ela está rendendo menos que a inflação. Isso significa que o dinheiro aplicado não está acompanhando o aumento dos preços dos produtos.
A poupança é um excelente instrumento para os bancos porque tem um custo muito baixo, já que remunera muito pouco o investidor.
Diferença de investimentos pré e pós-fixados
Os títulos pré-fixados tem uma taxa de retorno pré-definida, ou seja, o investidor saberá exatamente quando ele terá no final do prazo do investimento.
Já os pós-fixados caminham junto com o percentual da SELIC, representada pelo CDI. Para ilustrar esse cenário pense na seguinte situação: um título paga 100% do CDI por três anos, se o CDI em um ano for 5%, o investimento irá render 5% no primeiro ano. Agora, se a SELIC aumentar para 8% no segundo ano, o investimento vai acompanhar esse crescimento e passa a render 8%, e assim por diante.
Portanto, em um cenário de expectativas de alta na taxa de juros, o ideal é comprar um investimento pós-fixado, pois há possibilidade de se beneficiar dessa alta. Caso a expectativa for de queda, o ideal é seguir pelos títulos pré-fixados e garantir uma taxa de retorno.
Planejamento financeiro
O ponto mais importante é traçar um planejamento, junto a um assessor de investimento, se possível. Nesse plano serão inseridos pontos relevantes para atingir o objetivo do investidor, como onde e ele quer chegar.
por Guilherme Ammirabile, assessor de investimentos da iHUB Investimentos