Encontros corporativos: a mescla do presencial e online como cenário ideal


Daniella Doyle (Crédito: divulgação)

A retomada dos eventos presenciais após os picos agudos da pandemia do Coronavírus era algo ansiado por muitos. Já dava para antecipar que, assim que fosse permitido, teríamos shows, exposições e feiras com os ingressos esgotados em questão de instantes por conta do anseio, e até mesmo saudade, que a sociedade tinha em atender às ocasiões que ficaram suspensas por mais de um ano.

Logicamente, não apenas o público geral estava ansioso para esse retorno, mas as empresas e marcas também. Já comentei nesta coluna que um dos principais desafios que os empreendedores possuem é o de fidelizar e engajar o consumidor, trago esse ponto para este texto, pois uma maneira eficaz de realizar esse objetivo nada mais é do que falar de seu produto ou negócio presencialmente para atrair e captar clientes.

Durante o período do confinamento, tivemos a alternativa de realizar eventos de maneira remota, com palestras e workshops, o que foi uma solução para muitas pessoas e disseminada de maneira rápida. No entanto, ficou evidente que essa estratégia não foi algo que surgiu para substituir a experiência presencial, que simplesmente é algo que não irá acabar.

As empresas devem se atentar à oportunidade que essa retomada apresenta, principalmente os profissionais da área de marketing, que devem se preparar para surfar nessa onda com o objetivo de prospectar novos leads. Vejo que por conta desse cenário, a divulgação da marca em eventos deve ser uma das principais estratégias a se levar em consideração neste ano por conta do contato humano.

Em abril, o time da eNotas teve a oportunidade de participar da Autocom 2022, a maior feira de Tecnologia e Automação para o Comércio e Serviços. Em maio, também marcamos presença no Afiliados Brasil, evento voltado para infoprodutores e afiliados. Nos dois casos participamos com o objetivo de dar visibilidade ao negócio e apresentar nossos produtos. Era perceptível, pelo comportamento dos participantes, a euforia de estar presente em um evento corporativo depois de alguns anos.

As trocas de informações e o esclarecimento de dúvidas acontece de maneira muito mais rápida e eficaz nesses tipos de eventos, além de ser mais fácil para as empresas posicionarem suas marcas na mente das pessoas que passam por seus estandes, ouvem as propostas e levam cartões de visitas para casa — que a meu ver, seguem mais relevantes do que nunca.

Não acho que agora que as experiências presenciais voltaram de forma intensa, teremos o fim de eventos organizados remotamente, afinal, como afirmei algumas linhas atrás, a modalidade se desenvolveu rapidamente. No começo tínhamos experiências simples, hoje podemos afirmar que temos exemplos de feiras e congressos on-line que fazem um excelente trabalho no que se diz respeito à imersão e experiência.

Para mim, uma coisa não irá substituir a outra, mas sim irão se complementar, pois por mais que neste momento estejamos vivendo essa onda de grandes expectativas nas convenções e encontros presenciais, sabemos que uma hora ou outra, isso deve diminuir. Poderíamos até considerar que pouco tempo antes da pandemia, muitos já estavam exaustos de tantos eventos.

O cenário perfeito seria o presencial e o virtual se complementando, e isso deve ser feito com base em todo o know-how acumulado durante a pandemia e o presente, para que quando a expectativa diminuir, tenhamos uma solução para manter a experiência renovada e com um alcance maior, o que seria bom não só para as empresas, como também para o público que frequenta.

Então, por mais que estejamos vivendo o ano do presencial, creio que paralelamente também vivemos um período importante de experimentação. De qualquer forma, devo dizer que, acima de tudo, é bom estar de volta aos eventos.

por Daniella Doyle, head de marketing da eNotas