PicniK Festival: música, cultura e economia criativa propõe um novo olhar sobre Brasília


The Blank Tapes (Crédito: Yoko)

Um festival nada óbvio em pleno Distrito Federal: assim é o PicniK Festival, que vai movimentar Brasília nos último final de semana de junho. De tempos em tempos, o projeto que em cinco anos de existência contabiliza 30 edições (sendo 1 em São Paulo e 3 em Goiânia) abandona o seu formato tradicional para realizar um grande evento musical – por onde já passaram nomes como Mac DeMarco, Poni Hoax, Boogarins, Guizado e Holydrug Couple, com dois dias de duração, unindo cultura alternativa e economia criativa.

A programação, nos dias 24 e 25, reúne expoentes da nova geração da música paulista (Bixiga 70, Firefriend, O Terno, Mustache e os Apaches e The DeadRocks), carioca (Ava Rocha), mineira (Teach Me Tiger e Congo Congo), paraibana (Glue Trip) e pernambucana (Tagore e The Raulis). E ainda tem a atração da gringa, The Blank Tapes (EUA). A turma local fica representada pelo arrasa quarteirão regional Seu Estrelo e O Fuá de Terreiro, sintonizado com o sangue novo do Saci Weré e da Virada Cuca. O rock candango vibra com o garage da Bílis Negra, os timbres do Supervibe, a pegada progressiva do Transquarto, o indie rock da Brancunians (lançando disco), o shoegaze do Oxy e o rock’n’roll da Cassino Supernova, num show em homenagem ao baixista Pedro Souto.

O cenário para esse encontro é a Torre de TV, um dos cartões postais mais emblemáticos da cidade. O melhor: todos os shows são gratuitos e no PicniK nada se perde, porque até os intervalos são agitados pelos DJs Julia Hormann e The Miguelitos, e projeções do VJ Penna. Moda, arte, publicações e ilustradores, gastronomia incluindo área vegana, workshops, atividades para famílias com crianças e até meditação acontecem simultaneamente nos múltiplos espaços do PicniK.

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Ava Rocha (Crédito: Ana Alexandrino)

Cidade em movimento, som em movimento

Redescobrir Brasília sob a ótica da música e da economia criativa. Explorar o espaço de maneira não convencional. Consolidar uma rede cultural necessária e diversificada. Tais metas fazem o PicniK Festival escolher cuidadosamente sua programação musical. Ritmos da nova MPB, rock, indie, afro brasilidades, psicodelia e experimentalismo entram em cena. Destaque para os paulistas d’O Terno, que apresentam seu último e elogiado disco Melhor Do Que Parece (2016); para a carioca Ava Rocha, cantora e compositora vencedora do Prêmio Multishow 2015 de Artista Revelação; o experimentalismo do pernambucano Tagore e seu viajante Pineal (2016); o folk surf psicodélico da norte-americana The Blank Tapes e a onda instrumental que atravessa o pop e o underground da brasiliense Transquarto. Confira a programação completa no site oficial do PicniK e, enquanto o festival não chega, curta a playlist com o que vai tocar nos dois dias de evento.