O mês de Agosto foi um período de contrastes quando comparamos o mercado local com o externo, de acordo com a iHUB Investimentos – escritório credenciado a XP Investimentos. “O mercado exterior manteve otimismo e as principais bolsas de valores tiveram resultados bastante positivos. O S&P 500 por exemplo, teve alta de 7% atingindo sua máxima histórica, acima dos 3500 pontos”, explica o sócio fundador da iHUB, Investimentos, Paulo Cunha.
No mercado local, houve uma correção para os ativos de risco no mês. O dólar subiu 5,15% e o Ibovespa caiu 3,44% refletindo uma piora na percepção do cenário fiscal local, segundo Cunha.
“Apesar do cenário desafiador, a indústria de fundos locais teve mais um mês positivo em linhas gerais. Os fundos de crédito continuaram sua recuperação e os fundos de ações conseguiram se defender bem e caíram menos do que o Ibovespa no geral. O Índice de Hedge Funds da Anbima (IHFA) subiu 0,25% no mês”, comenta.
Como as ações se comportaram
O mercado local de ações teve um mês de correção, após 120 dias seguidos de fortes altas do Ibovespa. Considerando a queda de 3,44% em Agosto, o Ibovespa voltou ao patamar dos 99 mil pontos. “A piora da percepção da situação fiscal do país foi o principal catalizador dessa queda, mesmo com um cenário externo de bastante otimismo”, explica Cunha.
Renda fixa cresce
O mercado continua se recuperando das quedas do primeiro trimestre e o mês de Agosto foi marcado pela alta. “O Idex-CDI, índice da JGP composto pelos principais papéis atrelados ao CDI, teve uma alta de 1,18% no mês, enquanto o CDI subiu apenas 0,16%”, explica Cunha.
Resumindo, o retorno dos fundos de crédito privado foi positivo no mês. Os fundos de crédito high yield, aqueles que investem em empresas de maior risco de crédito, também tiveram um bom retorno em Agosto, segundo o sócio fundador da iHUB Investimentos.
Mercado internacional segue em alta
Os mercados globais mantiveram o otimismo dos meses anteriores e as principais classes de ativos tiveram um mês positivo. “A liquidez abundante provida pelos Bancos Centrais e o início da retomada da atividade econômica em diversos países, por conta do arrefecimento da pandemia, foram os principais catalizadores das altas”, explica Cunha.
No mercado acionário, os principais destaque foram as bolsas dos Estados Unidos. Já no mercado de renda fixa internacional, os títulos de dívida tiveram movimentos distintos. “Os fundos internacionais continuaram performando bem e carteiras que já contam com essa classe de ativos na composição obteve um mês satisfatório, apesar do cenário local mais desafiador”, explica Cunha.
Indicadores de Agosto
- CDI: +0,16%
- Poupança: +0,12%
- IPCA: +0,16%
- Ibovespa: -3,44%
- S&P 500: +7,01%
- Ouro: -0,37%
- Dólar: +5,15%
por Paulo Cunha, sócio-fundador da iHUB Investimentos