Transportar suas aplicações de TI para um ambiente cloud é uma realidade para grande parte das empresas ao redor do mundo, incluindo as brasileiras, que já percebem as diversas vantagens, inclusive financeiras.
Um estudo do Gartner mostrou que o mercado global de nuvem pública, puxado pelos serviços de infraestrutura como serviço (IaaS, na sigla em inglês), deve crescer 17% neste ano, movimentado US$ 206 bilhões. Mas, quem ainda não aderiu talvez não saiba que é possível reduzir custos operacionais, com ganhos de performance consistente e capacidade de realocar recursos de acordo com suas necessidades.
Os serviços em cloud são amplos e abrangem várias categorias como IaaS (Infrastrutura como Serviço), SaaS (Software como Serviço) e PaaS (Plataforma como Serviço). E, dentro das estratégias de redução de custos operacionais das organizações com a migração para a nuvem, estão os 5R´s do Gartner, que, em casos concretos de implementação, geraram reduções de gastos de até 42%.
O primeiro passo da jornada é o Rehost, também conhecida como uma migração “lift-and-shift”. Essa opção não exige alterações de código e permite que você migre seus aplicativos existentes para a nuvem rapidamente. Cada aplicativo é migrado como está, para aproveitar os benefícios da nuvem, sem o risco e o custo associado com as alterações de código.
Na sequência, como segundo passo, temos o Refactor, que podemos definir como “reempacotamento”. Esta estratégia requer alterações mínimas nos aplicativos, para que se conectem ao PaaS ou SaaS e usam as ofertas de nuvem. Um exemplo prático é que você pode migrar seus aplicativos existentes para PaaS ou estratégia de contêiner. Alternativamente, você pode refatorar seus bancos de dados relacionais e não relacionais em opções DBaaS.
No terceiro passo, contamos com a Rearchitect, que se concentra em modificar e estender a funcionalidade do aplicativo e o código base para otimizar a arquitetura do aplicativo para escalabilidade na nuvem. Por exemplo, você pode decompor um aplicativo monolítico em um grupo de microsserviços, que trabalham em conjunto e que são dimensionados com facilidade. Alternativamente, você pode recriar a arquitetura dos bancos de dados relacionais e não relacionais para uma solução DBaaS totalmente gerenciada como serviço.
Nosso quarto passo é o Rebuild, que leva tudo a um novo patamar por meio do desenvolvimento de um aplicativo do zero usando tecnologias de nuvem.
Finalmente, o Replace é o nosso quinto e último passo, e trata do descarte de um aplicativo existente (ou conjunto de aplicativos) e usar um software comercial fornecido como um serviço (SaaS).
É possível apoiar empresas em diferentes estágios de desenvolvimento tecnológico a aprimorarem seus modelos de negócio, com uma transição segura para a nuvem, potencializando ganhos e reduzindo custos desnecessários. O tempo é este para entrar nesta jornada.
por Gabriel Adinolfi Berti, gerente de soluções de Cloud e Automação