Pesquisa identifica as cidades mais caras do mundo para trabalhar no exterior


Pesquisa identifica as cidades mais caras do mundo para trabalhar no exterior
Hong Kong / HKSAR (Crédito: divulgação)

De acordo com a 26ª Pesquisa Anual de Custo de Vida da Mercer, Hong Kong encabeça a lista das cidades mais caras do mundo para expatriados, seguida por Ashgabat, no Turcomenistão, na segunda posição. Tóquio e Zurique permanecem na terceira e quarta posições, respectivamente, enquanto Cingapura está em quinto lugar, dois lugares abaixo do ano passado. Os dados da Mercer foram coletados em março de 2020.

A pesquisa da Mercer é uma das mais abrangentes do mundo e foi concebida para ajudar empresas e governos a determinar estratégias de remuneração para seus funcionários expatriados. Nova York é usada como a cidade-base para todas as comparações e os movimentos da moeda são medidos em relação ao dólar americano. O ranking deste ano inclui 209 cidades dos cinco continentes e mede o custo comparativo de mais de 200 itens em cada localidade, incluindo moradia, transporte, alimentação, vestuário, artigos domésticos e entretenimento.

O levantamento da Mercer também aponta que a pandemia da Covid-19 e as consequentes crises econômica e de saúde têm levado as organizações a reavaliarem seus programas de mobilidade global com foco no bem-estar de seus funcionários expatriados. Segundo a Líder de Mobilidade da Mercer Brasil, Inaê Machado, as empresas precisarão realinhar a força de trabalho móvel com novos modelos econômicos centrados em cadeias de abastecimento reduzidas, mais movimentações regionais e uma necessidade renovada de formação de talentos.

“Além dessas preocupações, informações relevantes sobre o custo e a localização das transferências em todo o mundo serão um fator crítico no pós-crise”, explica Inaê.

Brasil

São Paulo / Brasil (Crédito: SP Turis)

Entre as 209 cidades do ranking, estão três brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. A capital paulista, que ocupava a 86ª posição no ranking do ano passado, caiu para a 130ª colocação neste ano. Assim como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília também caíram no ranking. A capital fluminense caiu 39 posições e o distrito federal, 16.

“Essa variação é reflexo da queda nos custos de bens e serviços, quando comparado às demais cidades analisadas, além da depreciação do real frente às moedas estrangeiras. Por outro lado, elas podem se tornar mais baratas para impatriados no Brasil e mais atrativas para as empresas”, afirma Inaê.

Américas

Nova Iorque / EUA (Crédito: divulgação)

Com a desaceleração econômica global da primeira metade de 2020, a força do dólar fez aumentar os custos para os expatriados nas cidades norte-americanas. Como resultado, as cidades dos Estados Unidos subiram no ranking das mais caras deste ano. Nova Iorque (6) ocupa a posição mais alta no ranking da região, seguida por São Francisco (16), Los Angeles (17), Honolulu (28), e Chicago (30).

Na América do Sul, San Juan (66) é a cidade mais cara, seguida por Porto da Espanha (73), San José (78) e Montevidéu (88). Manágua (198) é a cidade mais barata continente sul-americano. Caracas, na Venezuela, está excluída do ranking devido à complexa situação cambial; seu ranking teria variado muito, dependendo da taxa de câmbio oficial selecionada.

Europa, Oriente Médio e África

Zurique / Suíça (Crédito: divulgação)

Três cidades europeias estão entre as 10 mais caras da lista. Em número quatro no ranking mundial, Zurique continua sendo a cidade européia mais cara, seguida por Berna (8) e Genebra (9).  Várias moedas locais na Europa se enfraqueceram em relação ao dólar americano, empurrando muitas cidades para baixo no ranking. Como as economias da França e da Itália encolheram no final de 2019, o crescimento na Zona do Euro chegou perto de zero. A decisão do Reino Unido de deixar a União Européia não impactou sua moeda local, que permanece forte, ganhando valor em relação às principais moedas globais. Londres (19), Birmingham (129) e Belfast (149) saltaram quatro, seis e nove lugares, respectivamente.

Tel Aviv (12) continua sendo a cidade mais cara do Oriente Médio para os expatriados, seguida por Dubai (23), Riad (31) e Abu Dhabi (39). Cairo (126) permanece como a cidade mais barata da região, apesar de ter subido quarenta posições em relação ao ano passado.

Ndjamena (15), no Chade, é a cidade mais bem classificada da África, enquanto Tunes (209), na Tunísia, é a cidade mais barata da região e do mundo.

Ásia e Pacífico

Asgabate / Turquemenistão (Crédito: divulgação)

Hong Kong (1) manteve sua posição como a cidade mais cara para expatriados, tanto na Ásia quanto no mundo, devido aos movimentos da moeda medidos em relação ao dólar americano, o que aumentou o custo de vida local. Esse centro financeiro global é seguido por Asgabate (2), Tóquio (3), Singapura (5), Shanghai (7) e Pequim (10). Mumbai (60) é a cidade mais cara da Índia.

As cidades australianas caíram no ranking este ano, pois a moeda local desvalorizou-se em relação ao dólar americano. Sydney (66), a cidade mais cara da Austrália para expatriados, caiu dezesseis posições em relação a 2019. A cidade mais barata da região é Adelaide, na 126ª posição.