Startup propõe transformação do atual modelo educacional rumo à individualização


Murilo Carvalho, CEO da startup Luma (Crédito: divulgação)

Uma empresa que nasceu no Espírito Santo, formada a partir de dois empreendedores que se revezavam entre seus trabalhos fixos e as aulas particulares, tem hoje na tecnologia e no aprimoramento constante da metodologia do processo de escolha dos professores seus principais pilares. Essa é a Luma, segundo Murilo Carvalho, CEO da instituição de ensino que já está também na capital mineira Belo Horizonte.

Para o empreendedor de 26 anos, que mescla as experiências adquiridas no mercado financeiro, sendo cofundador de um dos maiores escritórios de AAI da XP Investimentos, e na UFES onde leciona até os dias de hoje como professor convidado, o ensino dito como “tradicional” e padronizado está doente e precisa de ajuda. Pensando nisso, a Luma traz uma proposta muito definida: “Somos uma escola que conecta pais e alunos a uma comunidade comprometida a transformar por meio da educação”, explica Murilo.

A transformação da Luma é focada em dois pontos: oferecer um serviço excepcional e ter uma relação com o cliente além da transicional. “Existe uma discussão se o ensino em sala de aula vai acabar. Se a sua escola for um espaço apenas para os alunos absorverem conteúdo de forma passiva, sem provocá-lo de forma alguma, talvez questionemos sua real efetividade no futuro desses jovens. Foi aí que enxergamos um universo de possibilidades somando às nossas próprias já como professores particulares, em como trazer o aprendizado one-to-one para outro patamar de experiência, sem aquele preconceito do passado de que só o mal aluno faz aulas nesses formatos”, conta o CEO.

Foco no cliente – e ele não é necessariamente o aluno

Um dos primeiros passos foi entender os gatilhos que o primeiro cliente, os pais desse aluno, esperavam da instituição. A solução foi criar um processo do zero que torna a experiência tanto com a plataforma de cadastro quanto o contato com os consultores para agendar as aulas mais simplificada e personalizada Para deixar o processo mais eficaz, a Luma pede por exemplo para que o aluno traga assuntos de interesse dele em sua vida, além dos tópicos relacionados à disciplina e matéria que deseja aprender.

Isso porque a ideia dos empreendedores é aumentar o nível de absorção dos conteúdos a partir de uma aula única para cada tipo de aluno, tocando nas feridas das suas dificuldades correlacionando com um universo mais agradável e conhecido. Segundo Murilo, “o aprender precisa ser mais humano. Tratar os jovens em apostilas e processos únicos nos remete à revolução industrial do começo do século passado e o surgimento das produções em série de produtos. Estamos em 2019, tantos setores já evoluíram sua forma de oferecer serviços, acreditamos que o modo de ensinar também necessidade de um novo combustível”.

Hoje presente em duas capitais brasileiras, a projeção da Luma é chegar em até seis cidades brasileiras com uma base de 1.500 alunos até o fim de 2019. “Sabemos que se trata de um sonho audacioso, mas não nos escondemos dele. Queremos ser a maior escola sem salas de aula do Brasil. Estamos certos que o setor tem muito a evoluir, pois é a partir da educação de qualidade e na formação de melhores profissionais que traremos nosso país a outro patamar. E a mudança só acontece se nos colocarmos como reais agentes transformadores. É assim que enxergamos nosso papel”, finaliza o empreendedor.