Em uma performance surpreendente, Reese Whiterspoon, vencedora do Oscar de melhor atriz, em 2005, por “Johnny & June”, apresenta uma de suas melhores atuações no comovente “Livre” (Wild, 2014, EUA). Indicada mais uma vez à estatueta dourada, Reese carrega nas costas a história de uma mulher em busca de si mesma.
O filme foi pouco badalado, mas é uma daquelas pequena jóias que, de vez em quando, Hollywood consegue lançar, em meio a um festival de blockbusters, efeitos especiais e explosões. Esse é o relato da jornada de uma mulher comum, realizando um feito incomum e o que acontece durante o processo é tão enriquecedor como ganhar na mega sena pra quem assiste.
Cheryl resolve caminhar sozinha pelos Estados Unidos, em um roteiro difícil e extremamente perigoso. Ao longo do filme, vamos tomando conhecimento de tudo o que a levou a atravessar esta espécie de ‘penitência’ e, de uma maneira ou de outra, o espectador acaba se identificando com a personagem.
Despida de vaidades e até de higiêne pessoal, em alguns momentos, a personagem sempre segue em frente, não importa quais obstáculos apareçam. A história é baseada no livro de memórias de Cheryl Strayed, “Livre – A jornada de uma mulher em busca do recomeço”, um best seller publicado no Brasil pela editora Objetiva.
O diretor Jean-Marc Vallee chegou a proibir que a atriz se olhasse no espelho, durante a filmagem, para que a vaidade natural feminina não interferisse na performance da atriz. Recém aclamado pelo ótimo “Clube de Compras Dallas”, que rendeu prêmios de melhor ator e ator coadjuvante a Matthew McConaughey e Jaret Leto, respectivamente, o franco canadense foi feliz em suas escolhas.
O roteiro ficou por conta do descolado Nick Hornby, muito familiarizado já com o cinema, com a adaptação de vários de seus livros à telona, como Alta Fidelidade e Um Grande Garoto. Além disso, Laura Dern também participa do longa, em flashback, como a mãe da protagonista. Um filme que merece ser visto, mas… Prepare os lencinhos!
Veja o trailer:
