The Who faz show histórico pelo São Paulo Trip


The Who (Crédito: Ricardo Matsukawa / Mercury Concerts)

Nesta quinta-feira, dia 21 de setembro, os fãs brasileiros da banda britânica The Who puderam matar um desejo de mais de 53 anos, finalmente o grupo formado pelo vocalista Roger Daltrey e pelo guitar hero Pete Townshend se apresentou no país. A apresentação aconteceu no festival São Paulo Trip, que promete e deve ser o Rock in Rio dos paulistas, no Allianz Parque.

Além da banda britânica, o festival também contou com um ótimo show dos ingleses do The Cult e outro não menos animado dos norte-americanos do Alter Bridge. Com uma organização impecável e shows extremamente pontuais, dando tempo para o público ir embora numa boa de metrô, o festival merece elogios. Vale lembrar que ainda rolam shows nos dias 23 (Bon Jovi e The Kills), 24 (Aerosmith e Def Leppard) e 26 (Guns N’ Roses, Alice Cooper e Tyler Bryant & The Shakedown), por isso, continuem assim.

Zak Starkey (Crédito: Ricardo Matsukawa / Mercury Concerts)

Agora voltando as lendas do rock, o The Who se apresentou com Zak Starkey, filho de um tal de Ringo Starr, substituindo o lendário Keith Moon, que morreu em 1978, na bateria e com o baixista Jon Button, no lugar de John Entwistle, que nos deixou em 2002. Com um show baseado nos clássicos discos My Generation (1965), Tommy (1969), considerada a primeira ópera rock da história, Who’s Next (1971) e Quadrophenia (1973), o Who iniciou os trabalhos com “I Can’t Explain”, single de 1965, seguida por “The Seeker” e a icônica “Who Are You”, que fez todos cantarem.

Pete Townshend (Crédito: Ricardo Matsukawa / Mercury Concerts)

Após uma saudação de Pete, que agradeceu o público e lembrou que era a primeira vez deles na América do Sul, a banda continuou o show com uma baita sequência “The Kids Are Alright”, um de seus maiores sucessos, “I Can See For Miles”, “My Generation”, que teve uns errinhos técnicos, mas totalmente desprezíveis diante daquele momento histórico, “Bargain” e “Behing Bley Eyes”, outro clássico que arrepiou os presentes.

Depois disso, o concerto da banda mais expoente do movimento Mod seguiu por uma linha mais técnica com “Join Together”, “You Betta You Bet”, “I’m One”, “The Rock”, “Love Reign O’er Me”, “Eminence Front” e “Amazing Journey / Sparks”, até chegar na animada parceria com Elton John, “Pinball Wizard”, presente em Tommy (1969).

Roger Daltrey (Crédito: Ricardo Matsukawa / Mercury Concerts)

Já para o final com o público pingando de suor, Roger e Pete fecharam a apresentação com “See Me, Feel Me / Listening to You”, a alucinante “Baba O’Riley” e a minha preferida de todas “Won’t Get Fooled Again”. O bis ficou por conta de “5:15” e “Substitute”. Pronto, missão cumprida, mas antes preciso elogiar ainda o fundo do palco, no telão os filmes e animações que ilustravam cada música foi um espetáculo a parte digno da psicodelia dos anos 60. A minha única tristeza foi não ouvir “Magic Bus”, que tem tanto significado para a banda, porém está tudo bem eles podem voltar quando quiserem.

Confira abaixo o setlist do show:

Setlist (Crédito: Mercury Concerts)