A Fitbit, empresa norte-americana conhecida por suas pulseiras e relógios inteligentes, acaba de confirmar que aceitou uma proposta de aquisição apresentada pela Alphabet, dona do Google, no valor de aproximadamente US$ 2,1 bilhões (7,35 dólares por ação).
“Há mais de 12 anos, estabelecemos uma visão audaciosa na empresa – tornar todos no mundo mais saudáveis. Hoje, estou incrivelmente orgulhoso do que alcançamos para viabilizar esse objetivo. Criamos uma marca confiável que ajuda mais de 28 milhões de usuários ativos em todo o mundo, que confiam em nossos produtos para viver uma vida mais saudável e ativa. O Google é um parceiro ideal para avançar em nossa missão. Com os recursos e a plataforma global do Google, a Fitbit poderá acelerar a inovação na categoria de vestíveis, escalar mais rapidamente e tornar a saúde ainda mais acessível a todos. Eu não poderia estar mais animado para o que virá pela frente”, disse James Park, cofundador e diretor executivo da Fitbit.
Com a aquisição, a Alphabet, que já vem investindo no segmento de hardware com a linha de smartphones Pixel, os laptops Pixelbooks e dispositivos para casa inteligente da linha Nest, vai dar um passo importante no mercado de tecnologias vestíveis, além de reforçar a sua presença na indústria, podendo assim, aumentar ainda mais a disputa com a Apple, Samsung, Xiaomi e Huawei na venda de acessórios pessoais conectados à internet.
Rick Osterloh, vice-presidente de dispositivos e serviços do Google, destacou que a companhia já oferece softwares para a indústria, como o sistema operacional Wear OS e o aplicativo Google Fit, mas falta um produto “Made by Google”.
“Trabalhando com o time de especialistas da Fitbit, junto com o melhor de inteligência artificial, hardware e software, nós podemos ajudar a impulsionar a inovação em vestíveis e criar produtos para beneficiar ainda mais pessoas”, afirmou Osterloh.
O executivo também se adiantou às possíveis críticas e indagações sobre o uso de dados de usuários coletados pelos dispositivos da Fitbit, afirmando que a empresa não usará essas informações para os anúncios e que os usuários poderão optar por mover, analisar ou apagar os dados dos servidores do Google.
Embora o acordo tenha agitado o mercado, a conclusão só deve ocorrer no ano que vem, uma vez que a transação exige a análise e a aprovação dos acionistas da empresa e de órgãos reguladores norte-americanos.